O universo do teatro brasileiro ganha novos ares com a apresentação de uma peça inédita que promete encantar públicos de todas as idades. O grupo teatral responsável mergulhou profundamente nas lendas populares regionais, trazendo ao palco narrativas que têm atravessado gerações. A proposta do espetáculo é resgatar e valorizar histórias tradicionais, muitas vezes passadas oralmente entre famílias, e apresentá-las sob uma roupagem contemporânea, misturando humor e drama em doses equilibradas.
A montagem foi cuidadosamente preparada ao longo de meses, envolvendo pesquisa de campo e entrevistas com moradores de diversas regiões. Os atores e a equipe criativa buscaram inspiração não apenas na literatura, mas também em relatos coletados diretamente de seus principais contadores: os mais velhos. Segundo a diretora do grupo, Maria Clara Barbosa, “ouvir as pessoas e sentir como as lendas ainda vivem no imaginário local foi essencial para dar autenticidade à peça”.
O espetáculo reúne personagens emblemáticos do folclore brasileiro, como o Saci-Pererê, a Iara e o Curupira. Porém, o diferencial da montagem está na forma como essas figuras são reinventadas, ganhando nuances dramáticas e toques de humor que surpreendem o espectador. O roteiro foi construído de modo a destacar a riqueza linguística regional, com diálogos vivos que remetem aos diferentes sotaques e expressões de várias partes do Brasil.
Além do cuidado com o texto, a produção investiu pesado no visual da peça. Os figurinos foram confeccionados a partir de tecidos típicos e técnicas artesanais, valorizando a identidade cultural de cada região retratada. O cenário é dinâmico e versátil, permitindo rápidas mudanças de ambiente e criando uma atmosfera mágica, capaz de transportar a plateia para o universo das lendas. A iluminação e a trilha sonora unem elementos tradicionais e modernos, ampliando a imersão.
A peça também exibe um talento notável do elenco, formado por atores experientes e jovens promessas do teatro nacional. A dinâmica entre os intérpretes resulta em cenas cativantes, nas quais o jogo de improviso prevalece em algumas passagens, garantindo risadas genuínas e momentos de reflexão. “Queremos que o público se reconheça nessas histórias, porque elas fazem parte da nossa memória coletiva”, afirma o ator André Guilherme.
Outro destaque da montagem é a abordagem pedagógica, pensada especialmente para aproximar crianças e adolescentes do universo do folclore brasileiro. Oficinas e bate-papos com o elenco são realizados após as apresentações, estimulando o debate sobre a importância dessas narrativas e seu papel na formação da identidade nacional. Professores e educadores elogiaram a iniciativa, destacando a relevância do projeto para o ensino da cultura popular.
A bilheteria tem apresentado bons resultados desde a estreia, revelando o interesse do público por temas ligados às raízes culturais. Dados divulgados pela produção mostram que, em sua primeira semana, mais de 2.000 pessoas assistiram ao espetáculo, com sessões lotadas principalmente nos finais de semana. O sucesso levou à prorrogação da temporada, atendendo à demanda crescente de espectadores curiosos por reviver ou conhecer essas histórias.
Críticos de teatro ressaltaram a importância do espetáculo para o cenário cultural, destacando sua capacidade de comunicar mensagens profundas de forma leve e acessível. Alguns elogiaram particularmente o equilíbrio entre humor e drama, ressaltando que a peça consegue provocar tanto risos quanto emoções intensas. Para a crítica Ana Lúcia Torres, “o espetáculo é um presente para quem valoriza o que há de mais autêntico no imaginário brasileiro”.
A reinvenção de lendas populares também reflete as transformações sociais e culturais do país. Ao introduzir temas como diversidade, respeito ao meio ambiente e preservação da memória, a peça dialoga com questões atuais, sem perder a essência das histórias originais. O diretor artístico, Felipe Ramos, destaca: “O teatro é uma ponte entre o passado e o presente, e nosso objetivo é manter essa tradição viva para as futuras gerações.”
Os bastidores da produção revelam um trabalho coletivo intenso, com envolvimento de profissionais de diversas áreas: dramaturgos, músicos, figurinistas e técnicos. Cada detalhe foi pensado para que a experiência do público fosse completa e imersiva. O grupo também contou com o apoio de comunidades locais, que contribuíram com materiais, sugestões e incentivo moral, reforçando a conexão entre arte e sociedade.
A acessibilidade foi uma prioridade. Sessões com tradução em Libras e recursos de áudio-descrição foram disponibilizadas, ampliando o acesso de pessoas com deficiência ao espetáculo. Segundo a produtora Larissa Silva, promover inclusão era um dos compromissos da equipe desde o início. Este diferencial foi amplamente elogiado por organizações da área e serviu de inspiração para outros grupos teatrais.
A peça segue em cartaz por mais algumas semanas, com sessões em horários variados para atender diferentes faixas etárias. Informações sobre ingressos e programação podem ser encontradas nas redes sociais do grupo. Com sua proposta agregadora e emocionante, o espetáculo continua a encantar plateias, celebrando a força das lendas populares brasileiras e sua capacidade de aproximar pessoas por meio da arte e da imaginação.

